Ser responsável significa fazer escolhas nem sempre confortáveis, mas só assim é possível sair da zona de conforto
Parece claro, mas nem sempre é: responsabilidade é dar conta de tudo aquilo o que lhe é dado – ou conquistado – para cuidar. Da planta que precisa ser regada na varanda da casa até uma equipe de 20 pessoas que precisa de um direcionamento para os projetos em que está envolvida. Do filho que precisa de atenção ao pai que precisa de companhia para ir ao médico.
Convivo com muitas pessoas, dentro e fora do consultório, que têm dificuldade de assumir responsabilidades. Seja por medo ou insegurança, elas não se sentem capazes de realizar algo e desistem de si mesmas.
Responsabilizar-se significa, em algum momento, solucionar dilemas, fazer escolhas desconfortáveis, renunciar e correr riscos. Ser o gestor de uma empresa que no meio da crise precisa reduzir o número de funcionários é uma posição incômoda. No longo prazo, as dificuldades permitirão que a pessoa amadureça, além de aprender mais sobre si mesma.
Não se responsabilizar, por sua vez, é não assumir compromisso com os outros ou deixar suas tarefas serem resolvidas por quem vier depois. Muitas vezes, essa transferência é feita de forma sutil, com toques de autoengano. Os negligentes enganam-se e tentam convencer quem está à sua volta de que a responsabilidade de fato não é deles – é de outro. Com essa conduta, não só se deixa as demais pessoas sobrecarregadas, como se abre mão do o controle da própria vida. Uma vez que não quer ser responsável pelo que faz, não se caminha com as próprias pernas nem se assume a autoria das iniciativas. Já ouvi frases como: “Se Deus me der um emprego, eu vou estudar”. Por que mesmo que é preciso esperar um emprego para matricular-se em um curso?
Diferente da responsabilidade, que ninguém se confunda, é a obrigação. Essa está relacionada a imposições, seja para si mesmo, ou uma imposição de terceiros. Uma obrigação pode acabar com a motivação para a tarefa, o que leva algumas pessoas a procrastinarem.
A disposição para assumir responsabilidade aumenta a capacidade de uma pessoa de viver bem consigo mesma e em sociedade, pois ela estará consciente de seus atos, respondendo pelo que faz. É confiável. Quem responsabiliza-se está mais preparado para a vida do que quem transfere e se omite. De que lado você quer estar: de quem vai e faz, ou de quem fica sentado esperando que as coisas sejam feitas?
Gestão de conflitos, para assumir responsabilidades e riscos – temas que nos informa tudo sobre o dia dia no trabalho, em casa e na comunidade; entendemos que sermos objetivos e efetivos, nos propiciarão reduzir as armadilhas nos sistemas corporativo, familiar e na comunidade.