Para resolver problemas dos executivos, muitas empresas pensam logo em ajuda externa e pesquisam os melhores coachs e as melhores escolas de coach. Mas, antes de olhar para fora, é importante que elas olhem para dentro. O que a empresa fez para ajudar esse executivo? A companhia possui uma cultura que permita o coaching?

Em 2013 dei uma entrevista para a Época Negócios falando sobre isso. Alguns anos se passaram desde então, mas continua sendo uma reflexão que poucas empresas fazem antes de contratar um coach. Confira um trecho a seguir e clique no link se quiser continuar a leitura.

O coach Jorge Teixeira foi chamado por uma empresa para iniciar um trabalho com um dos gerentes. Na primeira reunião com o diretor de Recursos Humanos, ele começou a conversa com a pergunta básica: “Qual o ponto a ser trabalhado no desenvolvimento deste profissional?”. Fez-se o silêncio. Então, Teixeira reformulou a frase. “Que característica específica e com que objetivo essa pessoa precisa trabalhar?”. “Ah, precisa desenvolver a liderança”, disse o diretor de RH.

Liderança é uma resposta tão recorrente quanto genérica, de acordo com Teixeira. “Ser líder em uma empresa conservadora é diferente de ser líder em uma empresa liberal”, afirma. Por isso, quando escuta esse tipo de resposta, ele costuma devolver com mais perguntas: “O que é esperado da liderança aqui? E o que falta neste funcionário para estar alinhado com essa exigência?”. “Mas infelizmente, 50% das companhias que me procuram demonstram não saber o que pretendem com o trabalho”. Nesses casos, ele diz que prefere perder o cliente.

A seguir, os principais motivos que levam Teixeira não fechar um contrato.

1. Falta de clareza sobre o objetivo do coaching.

Pior que uma resposta vaga é resposta nenhuma. “Muitos contratam apenas porque é um recurso disponível no pacote de desenvolvimento individual da pessoa”, afirma Teixeira. “Mas não há nada específico a ser trabalhado”. Em situações como essas, o coach pede que os profissionais da empresa reflitam e cheguem a alguma conclusão objetiva para apontar o caminho do trabalho. “Em grande parte dos casos, eles mesmos desistem de contratar o serviço”.”

http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2013/08/metade-das-empresas-que-me-procuram-nao-sabem-por-que-investem-em-coaching.html